Um intenso incêndio devastou cerca de 50 hectares de uma reserva ambiental de 120 hectares localizada no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no município de Balsas. Paralelamente, um lixão da mesma cidade sofreu com chamas que espalharam fumaça tóxica, afetando a saúde dos moradores da região.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, há fortes indícios de que o fogo na reserva da UFMA seja de origem criminosa, tendo iniciado próximo a residências que margeiam a área protegida. A combinação de vegetação seca e ventos fortes agravou a situação, fazendo com que o fogo se alastrasse rapidamente. A universidade está avaliando os danos, uma vez que a reserva é um refúgio para diversas espécies da fauna e flora típicas do sul maranhense.
Já no lixão de Balsas, o incêndio também levanta suspeitas de ação criminosa, principalmente por ter originado em uma pilha de pneus velhos. Os bombeiros estão empenhados no combate às chamas, no entanto, a presença de gás metano, comumente encontrado em depósitos de lixo, tem dificultado o controle do fogo devido à sua alta inflamabilidade.
A Secretaria de Meio Ambiente do município destacou que uma perícia está em andamento para determinar a causa exata dos incêndios. No entanto, os primeiros indícios, em ambos os casos, apontam para atos criminosos. Enquanto as investigações prosseguem, autoridades e equipes de combate a incêndios buscam soluções para minimizar os impactos e evitar novos eventos similares.
Além disso, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Maranhão figura como o segundo estado brasileiro com maior número de focos de queimadas. Estatísticas recentes mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 2.870 pontos de incêndio. Segundo o Inpe, 95% desses incidentes são provocados por ação humana, consequência de queimadas irregulares.