A Associação de Delegados da Polícia Civil do Maranhão (Adepol – MA) emitiu uma nota neste domingo (12) informando que as investigações de crimes no Maranhão estão comprometidas devido a ausência de investimentos e estrutura de trabalho para os profissionais da área.
Ainda em nota, a Adepol afirma que a atuação da Polícia Civil está regular e que os delegados não estão fazendo greves nem restrição de atendimentos. A assossiação explica que, os delegados estão apenas deixando de usar seus aparelhos e veículos pessoais para cumprir obrigações que são do Estado.
Foram feitas também uma série de exposições acerca do estado de trabalhos dos delegados e poiliciais civis, como o uso de seus telefones pessoais, notebooks e até veículos. Além de trabalharem fora de seu expediente regular ou se deslocarem para cidades sedes das regionais para trabalharem nos plantões de 72h. Nesse deslocamentos, os profissionais que pagam do próprio bolso a hospedagem e alimentação para poderem executar tarefas que são atribuições do Estado.
A publicação foi feita como um alerta também para o reforço da segurança pública do estado. Ressaltando que policiais só poderão conduzir viaturas policiais se concluírem o curso exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro para condução de veículos de emergência. Caso, os veículos sejam dirigidos por pessoas sem a capacitação, podem correr perigo.
A Adepol pede que o Estado cumpra com as suas obrigações, e que valorize o trabalho da classe. Uma nova reunião acontecerá no final deste mês e novas deliberações serão feitas. O apelo é encerrado com palavras fortes que chocam a comunidade, como: “Não podemos mais retroceder, a Polícia Civil está à beira da falência, não há mais como cumprimos as requisições ministeriais, atender dignamente os advogados, concluir investigações, não há cursos de capacitação com regularidade, delegacias dividem uma única viatura, faltam delegados em mais de 160 cidades e até na capital não há delegados suficientes para todas as delegacias”. O Mais Maranhão solicitou um posicionamento do Governo Estadual a respeito do caso e aguarda resposta.