Na manhã desta quarta-feira, 06 de dezembro, a cidade de João Lisboa, situada a 12 km de Imperatriz, está sob os holofotes de um caso chocante de feminicídio. Samuel de Sousa Santos, de 28 anos, está sendo julgado pelo brutal assassinato de sua ex-companheira, Patrícia Rodrigues Pereira de Assis. O crime, ocorrido em julho deste ano, envolveu golpes de barra de ferro enquanto a vítima dormia em sua residência.
O júri popular, convocado para decidir o destino de Samuel, está examinando as circunstâncias alarmantes que cercam o caso. A polícia relata que o acusado não aceitava o fim do relacionamento, levando-o a invadir a casa de Patrícia e cometer o crime. Além do feminicídio, Samuel deixou várias mensagens perturbadoras pela casa, inclusive uma desculpa ao filho e a alegação de que Patrícia “merecia morrer”.
Este julgamento destaca a preocupante questão da violência contra mulheres na região. O crime não apenas devastou uma família, mas também abalou a comunidade de João Lisboa e arredores. Em uma nota pública, a família de Samuel expressou seu profundo pesar e remorso, pedindo perdão à comunidade e à família da vítima. Eles reconhecem que “palavras não serão suficientes” e afirmam estar cooperando com as autoridades judiciais, repudiando o crime cometido.
O julgamento, iniciado às 8h, coloca em evidência a gravidade do feminicídio e a necessidade de medidas mais rígidas e conscientização para combater esse tipo de violência. Caso Samuel seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de 12 a 30 anos de prisão, um reflexo das severas consequências legais impostas por crimes dessa natureza.
O caso continua em desenvolvimento, e o veredito do júri é aguardado com grande expectativa, não só pela justiça para Patrícia, mas também como um símbolo importante na luta contra a violência doméstica e o feminicídio.