A Justiça do Maranhão decidiu converter em preventiva, a prisão em flagrante do coronel da Polícia Militar do Tocantins, suspeito de integrar uma milícia. Deroci Putencio de Sousa é militar da reserva com salário de R$ 37.643,96, e foi preso durante uma operação da Polícia Civil do Maranhão na zona rural da cidade de Fernando Falcão (MA).
A ação aconteceu neste domingo (7), após denúncias de moradores da região. Segundo a polícia, há cerca de 15 dias muitos homens armados e desconhecidos chegaram na região e passaram a fazer segurança de uma fazenda e do fazendeiro que se diz dono das terras, em detrimento dos posseiros e proprietários da região. Os homens armados faziam blitz e revistavam as pessoas que passavam.
Dez pessoas foram presas em flagrantes, incluindo policiais penais do Pará, um sargento da PM do Maranhão e o coronel da PM do Tocantins, que ainda teria resistido à prisão. Ele ainda se recusou a entregar um punhal e sua pistola, entrando em luta corporal com os policiais civis.
Existem outras pessoas do Tocantins entre os presos. Na decisão, o juiz converteu seis das prisões em preventiva. Durante o interrogatório, Deroci disse que havia viajado a convite do fazendeiro para visitar as terras e em seguida visitaria a filha e o neto recém-nascido em Governador Archer (MA).
O delegado da Polícia Civil do Maranhão, Cleosnaldo Brito, informou que a investigação busca esclarecer se o grupo criminoso atuava em outros estados além do Maranhão. Além disso, o delegado afirma que os suspeitos faziam ameaças aos moradores para que fossem embora da região da propriedade rural.
Durante a operação no Marahão foram apreendidas oito armas de fogo, uma grande quantidade de munições e aparelhos celulares. Os presos foram encaminhados à penitenciária de Fernando Falcão. O coronel foi transferido para o quartel de Barra do Corda (MA).
O QUE DIZ A PM DO TOCANTINS
Em relação à notícia sobre a prisão de um Coronel da Reserva da Polícia Militar do Tocantins, ocorrida no estado do Maranhão, no dia 08/10/2024, na cidade de Barra do Corda, a Polícia Militar reitera que ainda aguarda comunicação formal necessária das autoridades responsáveis, o que poderá ocorrer após a audiência de custódia, prevista para esta data, para então, emitir manifestação mais adequada sobre o caso.
No entanto, por oportuno, esclarece que o preso se encontra na condição de Policial Militar da Reserva Remunera (aposentado), e por essa razão, não dispõe de vínculo ativo e direto com a Instituição, muito embora ainda se encontra sujeito aos regulamentos disciplinares da corporação.
A Polícia Militar declara encontrar-se totalmente disponível para colaborar com as investigações e pronta para adotar todas as medidas porventura necessárias para a correção disciplinar de possíveis desvios de conduta de qualquer um de seus integrantes, ativos ou aposentados.