Foi preso nesta sexta-feira (23), Wendel Silva Machado, acusado de matar a facadas a esposa, identificada como Joanilde Paulino Guajajara, na última quarta-feira (21), no município de Amarante. Wendel foi capturado por uma equipe policial no povoado de Amarante, distante. O acusado tentou fugir, mas acabou sendo baleado na perna.
O homem já foi preso em 2021 por matar a namorada, identificada como Carla Tayra, na Avenida Pedro Neiva de Santana, em Imperatriz. Na época, a justiça decidiu que ele responderia ao crime em liberdade.
Agora, uma decisão da 2ª Vara da Fazendo Pública decretou a prisão preventiva do acusado de feminicídio. Ele foi transferido por um helicóptero do Centro Tático Aéreo (CTA) até o quartel do 3° BPM e depois levado pelo SAMU ao Hospital Municipal de Imperatriz. Após receber atendimento médico, o acusado será encaminhado para a 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Imperatriz.
O crime
A polícia foi acionada para atender à ocorrência no bairro Industrial, na última quarta-feira (21). O corpo de Joanilda foi encontrado pelos policiais no chão do quarto da casa onde o casal morava, com várias marcas de faca.
Sônia Guajajara se manifesta sobre feminicídio em Amarante
Na quinta-feira (22), a ministra dos Povos Indígenas, a maranhense Sônia Guajajara, se manifestou sobre o feminicídio da indígena Joanilde Paulino Guajajara.
Por meio das redes sociais, a ministra destacou ter recebido com “profunda tristeza e revolta” a notícia da morte da técnica de enfermagem, que era do Território Indígena Araribóia. “Quando falamos que mulheres não estão seguras sequer em sua própria casa, é sobre isso. Joanilde foi morta em sua residência, lugar que deveria ser um espaço seguro para ela e para todas as mulheres”, disse ela.
ACUSADO RESPONDIA EM LIBERDADE POR FEMINICÍDIO
Wendel também havia assassinado a namorada, Carla Tayra Sousa de Oliveira, de 19 anos, a golpes de faca no dia 13 de janeiro de 2021, em Imperatriz. O corpo da vítima foi encontrado às margens da Avenida Pedro Neiva de Santana. Horas após o crime, a polícia localizou Wendel bebendo em um bar no bairro Bacuri.
Ao ser abordado pela guarnição, Wendel jogou a chave de uma caminhonete embaixo de um balcão e informou aos policiais que estaria de moto. Os militares encontraram a chave e, durante buscas no interior do veículo, foram encontradas manchas de sangue no painel.
“O veículo tinha pequenas quantidades de sangue no assoalho, mais precisamente no tapete do passageiro. Tudo indica que ele efetuou algum golpe dentro do veículo e posteriormente terminou de realizar o assassinato na parte exterior do carro”, informou o perito criminal Décio Carvalho na época do crime.
Familiares de Carla fizeram várias manifestações para cobrar respostas pela morte da vítima. Apesar disso, a Justiça decidiu que Wendel responderia ao crime em liberdade.