O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, emitiu uma nota de repúdio, na manhã desta quarta-feira (28), sobre o caso do empresário Guilherme Maia que foi flagrado agredindo uma criança de 10 anos de idade em um condomínio na cidade de Imperatriz. Camarão caracterizou a violência como covardia e falta de humanidade.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vice se solidarizou com a vítima e seus familiares, e afirmou que confia no trabalho da polícia e na justiça para que Guilherme responda pelo crime. “Não podemos aceitar que atos como esse fiquem impude”, disse ele.
O caso aconteceu na última quarta-feira (21). As imagens do circuito interno de segurança do condomínio, onde a vítima e os pais moram, mostram o momento em que o empresário puxa o menino pelo braço e, em seguida, dá um tapa em sua cabeça. Outras crianças que estavam no parquinho no momento da agressão são vistas correndo para longe.
As agressões só cessaram quando um outro morador do condomínio interveio. Segundo a mãe da vítima, a violência ocorreu após uma discussão entre seu filho e a filha do empresário. Após o episódio, a criança foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames. O pai da vítima relatou que o menino está muito abalado psicologicamente e está recebendo assistência médica e psicológica.
O agressor, Guilherme Maia Rocha, é ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz e atuava como diretor regional da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, mas foi exonerado devido às agressões.
O Conselho Tutelar de Imperatriz informou, na última sexta-feira (28), que vai abrir uma investigação sobre o caso. A denúncia foi feita diretamente por Diana Marinho, mãe do menino. O órgão disse que repudia qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes e afirmou que nada justifica qualquer agressão.
Posteriormente, o empresário emitiu uma nota pedindo desculpas. Confira abaixo na íntegra:
“Eu, Guilherme Maia, venho a público expressar meu profundo arrependimento pelos atos recentemente cometidos e pedir desculpas à família da criança envolvida e à comunidade. Reconheço que minhas ações foram inadequadas e não refletem os valores que prezo. Entretanto, é importante esclarecer que agi movido pelo desespero de um pai ao ver sua filha de apenas sete anos ser vítima constante de bullying, com ofensas misóginas e humilhações. Essas agressões diárias, vindas de outras crianças, causaram um sofrimento imenso à minha filha, afetando sua segurança e bem-estar. Minha reação, embora errada, não foi premeditada. Foi um ato impulsivo, nascido do amor e da proteção que qualquer pai busca oferecer a seu maior bem: seus filhos. Lamento profundamente o ocorrido e reitero que não quero justificar minhas atitudes, mas sim contextualizar o que me levou a elas. Peço perdão à sociedade e reafirmo meu compromisso de colaborar para que os fatos sejam apurados com justiça. Espero que este episódio leve todos a refletirem sobre o impacto devastador do bullying na vida de uma criança e a importância de agirmos com empatia”, diz o empresário.