O Ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, divulgou imagens da maquete da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre o Maranhão e o Tocantins. Além disso, informou que foi iniciado o processo para a construção da ponte. A obra, que deve ser concluída até o final deste ano, é uma resposta à tragédia que deixou 17 mortos, além de afetar diretamente as comunidades locais e a economia regional. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro Renan Filho mostrou imagens da maquete do novo projeto da ponte e afirmou que o processo de demolição da antiga estrutura e a limpeza da área já estão na fase final. Confira o video do projeto clicando aqui.
A nova ponte será construída por meio de um consórcio no valor de R$ 172 milhões, que foi contratado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O objetivo é garantir a segurança no tráfego e restabelecer a vitalidade da rota entre os dois estados. Essa obra é fundamental para o desenvolvimento da região, já que a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira é uma das principais vias de acesso para milhares de motoristas e comerciantes que utilizam a BR-226 para o transporte de mercadorias e o deslocamento diário.
A tragédia, que aconteceu no dia 22 de dezembro de 2024, foi causada pelo colapso do vão central da ponte, que cedeu durante a tarde, deixando cair veículos e pessoas que estavam atravessando o rio Tocantins naquele momento. Dentre as vítimas, estavam motoristas de caminhões, passageiros e até crianças, o que resultou em um número devastador de mortes. De acordo com o DNIT, a causa do desabamento será investigada, mas a principal hipótese aponta para falhas estruturais que, com o tempo, comprometeram a segurança da ponte.
A Busca e o Resgate
Desde o trágico evento, equipes de resgaste, incluindo a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros, trabalharam intensamente para localizar as vítimas. Até a data de hoje, 14 corpos já foram localizados, mas três pessoas continuam desaparecidas: Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. As buscas são realizadas com a ajuda de drones, barcos e até mesmo mergulhadores, mas a forte correnteza do rio e as condições adversas têm dificultado o resgate.
A localização dos corpos e a identificação das vítimas continuam sendo uma prioridade para as autoridades, que seguem com a força-tarefa de resgaste. A abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, uma medida necessária devido ao aumento do nível do reservatório e o regime de chuvas na região, acabou prejudicando ainda mais as operações. A correnteza forte tem arrastado corpos e destroços para áreas mais distantes da queda da ponte, aumentando o desafio para a recuperação das vítimas.
As Consequências para a Região
Além da perda irreparável de vidas, a queda da ponte trouxe consequências econômicas e sociais para a região. A prefeitura de Estreito, declarou situação de emergência, considerando a dificuldade de acessar recursos para atender às inúmeras demandas geradas pelo acidente. Um decreto assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL) destacou a necessidade urgente de apoio técnico e financeiro tanto do governo federal quanto estadual. Segundo ele, o município enfrenta uma escassez de recursos e precisa de assistência para lidar com os danos à infraestrutura, prejuízos à agricultura e à pesca.
O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu oficialmente a situação de emergência em Estreito no dia 31 de dezembro, permitindo que o município solicite recursos federais para ações de Defesa Civil e outras necessidades urgentes. A prefeitura também alertou sobre os riscos ambientais decorrentes da queda de cargas perigosas no rio, como o ácido sulfúrico, que poderia ter um impacto devastador na fauna e flora local, além de comprometer o abastecimento de água para a região.