A Polícia Civil do Maranhão, com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA), prendeu 12 suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa durante uma grande operação realizada na cidade de Palmeirândia, localizada a 106 km de São Luís. Os alvos são investigados por crimes como homicídios, tráfico de drogas, aliciamento de menores e extorsão de moradores e comerciantes da região.
Segundo informações repassadas pela polícia, a ação cumpriu 12 mandados de prisão contra 16 alvos identificados na investigação. Durante a operação, também foram apreendidas 10 armas de fogo, munições, veículos, entorpecentes e outros materiais ilícitos, que reforçam as suspeitas de envolvimento dos detidos com atividades criminosas organizadas. A operação ocorreu na madrugada desta quarta-feira (30).
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o grupo investigado aliciava menores de Palmeirândia e de cidades vizinhas para participarem das ações da organização criminosa. Além disso, os suspeitos cobravam uma espécie de “pedágio” de proteção de moradores e comerciantes, exigindo pagamentos em troca do funcionamento seguro de suas atividades econômicas.
As condutas atribuídas aos suspeitos estão previstas em diversos artigos do Código Penal Brasileiro e da Lei nº 12.850/2013, que define organização criminosa como um grupo estruturado, com divisão de tarefas, voltado para a prática de crimes.
Entre os principais crimes apontados na operação estão: Tráfico de drogas (Lei 11.343/2006): Pena de 5 a 15 anos de reclusão, além de multa. Homicídio (Art. 121 do Código Penal): Pena de 6 a 20 anos, podendo aumentar se for qualificado. Corrupção de menores (Art. 244-B do ECA): Pena de 1 a 4 anos, além da pena correspondente ao crime praticado. Constituição de organização criminosa (Lei 12.850/2013): Pena de 3 a 8 anos de reclusão, podendo ser aumentada se houver uso de armas ou participação de menores.
Além disso, a extorsão praticada por meio de cobrança de “pedágio” pode ser enquadrada como crime de constrangimento ilegal ou extorsão, com penas que variam entre 1 a 10 anos, dependendo da gravidade do caso.