Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, acusada de envenenar uma família em Imperatriz com um ovo de Páscoa que continha chumbinho, perdeu a guarda dos dois filhos que tinha com o ex-marido. A decisão é do juiz Alexandre Antônio José de Mesquita, da 3ª Vara de Santa Inês, que acatou o pedido do pai das crianças que atualmente estão morando com ele.
A determinação da justiça é de caráter provisório e Jordélia terá um prazo de 30 dias para contestar a decisão. Para o juiz, a guarda dos filhos deve ser concedida exclusivamente ao pai, já que Jordélia é suspeita de duplo homicídio — o que, segundo ele, demonstra a incapacidade da mãe de garantir o melhor interesse das crianças.
A mulher está presa na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM), respondendo por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.
Entenda o caso:
Jordélia foi presa no dia 17 de abril, acusada de envenenar um ovo de Páscoa e enviá-lo para Mirian Lira, atual companheira de seu ex-marido. Os dois filhos de Mirian ingeriram o chocolate e morreram; já Mirian sobreviveu. O chocolate envenenado foi entregue na noite do dia 16 de abril por um mototaxista. O homem que fez a entrega procurou a polícia assim que soube sobre o caso, ajudando nas investigações para localizar Jordélia.
A defesa de Jordélia informou que os fatos alegados serão devidamente esclarecidos e que ela nega ter praticado o suposto crime de envenenamento que lhe é imputado.
Vítimas
Após consumirem o chocolate, Luís Fernando de 07 anos, Evelyn Fernanda de 13 anos e mãe deles, Mirian Lira, passaram mal e precisaram ser internados no Hospital Municipal de Imperatriz. Luís Fernando morreu na madrugada do dia 17 de abril. A irmã dele, Evelyn Fernanda, morreu no dia 22 de abril.
Para o Ministério Público, Jordelia agiu por vingança, o que caracteriza crime por motivo torpe. Se condenada, ela pode pegar penas que variam de 12 a 30 anos de prisão, por cada crime cometido.