Entre janeiro e o início de junho deste ano, 1.415 testes do pezinho foram realizados em Imperatriz, segundo dados do Sistema Nacional de Triagem Neonatal (SISNEO). Esse número representa cerca de 36% do total registrado em todo o ano de 2024, quando 3.853 exames foram triados no município.
Com base na média mensal de exames realizados até o momento — cerca de 257 por mês —, a projeção feita pela reportagem é de que o total de testes em 2025 fique em torno de 3.084. Caso o ritmo atual seja mantido até dezembro, o volume final será cerca de 20% menor que o registrado no ano anterior. A queda pode estar relacionada a variações no número de nascimentos ou à redução na cobertura da testagem, mas ainda não há um posicionamento oficial sobre os motivos.
Realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste do pezinho é um exame laboratorial simples, mas essencial para a saúde do recém-nascido. Ele permite a detecção precoce de 14 doenças genéticas, metabólicas e infecciosas, muitas das quais não apresentam sintomas logo após o nascimento, mas podem causar complicações graves se não forem tratadas rapidamente.
Entre as condições identificadas estão: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase, hiperplasia adrenal congênita, toxoplasmose congênita, sífilis congênita, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, além de deficiências relacionadas ao ciclo da ureia e aminoacidopatias. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento antes do surgimento de sintomas, o que pode evitar sequelas e, em alguns casos, salvar vidas.
O ideal é que o exame seja realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, período em que a chance de identificar alterações é mais precisa. A coleta é feita a partir de gotas de sangue retiradas do calcanhar do recém-nascido, procedimento que dá nome popular ao teste.