Dois homens foram resgatados em condições análogas à escravidão, em carvoarias nos municípios de Grajaú e Sítio Novo, a ação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho do Maranhão (MPT-MA), em operação conjunta com a Superintendência Regional do Trabalho e a Polícia Federal (PF).
De acordo com o MPT-MA, os dois trabalhadores estavam em condições irregulares de trabalho, e não possuíam nenhum equipamento de proteção individual (EPI), sendo expostos a diversas substâncias que prejudicam a saúde, além de não receberem o salário de forma correta pelas horas trabalhadas. Em 2020, o MPT-MA recebeu cerca de 28 denúncias de trabalho escravo em todo o estado do Maranhão.
Durante a queima de carvão foi identificado a presença de 999.9 partículas por metro cúbico, considerado o nível máximo previsto em recomendações da OMS. Em que o número acima do normal pode ocasionar problemas graves à saúde, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Depois do depoimento dos carvoeiros a auditores fiscais do trabalho, os órgãos responsáveis pela operação informaram que a quantia em média, recebida pelos homens resgatados, era mais ou menos, 3 reais por metro cúbico de carvão produzido.