A Petrobras anunciou aumento não só da gasolina nos últimos dias, mas também do botijão de gás. Após o anúncio do aumento, muitas famílias correram as distribuidoras de gás para tentar adquirir um novo botijão com o preço antigo, pois o que estava caro passou a valer a pena.
No Maranhão os aumentos já são vistos, a média que antes era de R$ 110,00 nas distribuidoras de gás do Estado, pode chegar até R$ 130,00 com o novo aumento. O ajuste no preço do botijão foi de 16% em todo o país.
A população Maranhense que conta com 3.5 Milhões de pessoas baixa renda, sofre com os últimos aumentos. O crescimento médio no valor da comercialização do botijão de gás foi de 35%. Ao longo do ano passado, a variação nos preços do produto foi modificada cerca de nove vezes, na contramão da renda média das famílias maranhenses, avaliada como a menor do país.
Na cidade de Codó, distante a 298 km de São Luís, as famílias estão trocando o uso do botijão de gás pelo carvão ou fogão a lenha. Os moradores alegam que o uso do botijão de gás está muito caro e para não passar fome, estão recorrendo a produção de carvão natural para o uso no dia a dia.
“A gente vai passar fome. Nós estamos juntando coco nas fazendas, que nem do lugar que a gente junta não tem mais, pra fazer carvão pra poder viver. Ou compra a comida, ou compra o gás; quando aparecer a comida, a gente cozinha, porque já tem o gás […]’’, disse uma lavradora.
“Aqui, eu não uso gás, porque aqui eu não uso gás; não dá pra usar, não. Toda despesa tem que comprar”, afirmou Manoel Filho, autônomo, em entrevista.
O professor de economia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Luís Eduardo Sousa, defende que a política de preços praticada atualmente seja revista. O economista também confirma que a situação de guerra na Ucrânia deve provocar instabilidade nos valores da gasolina, diesel e gás de cozinha entrevista.