O Maranhão é o 4º estado com a maior taxa de analfabetismo do Brasil, segundo dados divulgados pelo IBGE. Ao todo, 772 mil maranhenses com mais de 15 anos não sabem ler, nem escrever. O número representa 15% da população de todo o estado, ficando atrás apenas da Paraiba (16%) Piauí (17,02) e Alagoas (17,07), respectivamente.
Entre as cidades brasileiras que têm de 10 a 50 mil habitantes, o município de Coroatá, no Maranhão, aparece entre as cinco cidades brasileiras com os maiores percentuais de analfabetismo do país. Os municípios de Caxias e Codó também aparecem na lista entre as cidades que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes.
Apesar disso, houve uma queda no na taxa de analfabetismo em comparação com 2010, quando a porcentagem de pessoas com analfabetismo acima de 15 anos chegou a 20%. A taxa de alfabetização do mesmo grupo etário também avançou no estado, chegando a 84,95%.
Na taxa de alfabetização, o Maranhão tem municípios em destaque, como São Luís, com taxa de 96,01%; Imperatriz (93,22%); Balsas (91,59%) e São Pedro dos Crentes (91,07%). Segundo os dados do IBGE 2022, a taxa de alfabetização indígena no Maranhão também avançou, chegando a 72,56%.
O Nordeste continua sendo a região com o índice de analfabetismo mais alto do país: 14,2%, o dobro da média nacional, que registra 7%. Em comparação à última edição da pesquisa, de 2010, houve relativa melhora, com um salto de 80,9% de alfabetizados no Nordeste para 85,79%.
ANALFABETISMO POR RAÇA
No Brasil, as pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.
As taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior. No entanto, de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 p.p. e a vantagem também ficou menor em relação a pardos.