O atleta maranhense Bartolomeu Silva, conhecido como Passarinho, conquistou nesta quarta-feira (04), a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Paris. O atleta conseguiu o pódio nos 400m T37, categoria do atletismo para pessoas com paralisia cerebral. Bartolomeu tem 23 anos e é natural da cidade de Caxias. O atleta ficou atrás somente do russo Andrei Vdovin, que é bicampeão na prova.
O Passarinho é o segundo atleta maranhense a ganhar uma medalha nos jogos desta edição. A primeira medalha também foi de prata, conquistada pela velocista Rayane Soares, na terça-feira (03), na prova dos 100m T13.Rayane é a atual campeã parapan-americana e integrante do top 3 do mundo nos 100m. Essa foi a primeira medalha paralímpica de sua carreira em jogos. Rayane nasceu cega por conta de microftalmia bilateral congênita, má-formação nos globos oculares.
Atletas maranhenses nos Jogos Paralímpicos
Os Jogos Paralímpicos de Paris começam no dia 28 de julho e seis atletas maranhenses estão representando o Brasil em cinco esportes diferentes. O mega evento ocorre até o dia 8 de setembro.
Além de Bartolomeu e Rayane, o André Costa é de Santa Inês (MA), e representa o Brasil na modalidade bocha. André foi diagnosticado com uma Distrofia Muscular de Duchenne aos cinco anos de idade.
Jardiel Soares é outro talento maranhense que representa o Brasil no futebol de cegos. O atleta é natural de Pinheiros, mas foi por meio de um evento para deficientes visuais, em São Luís, que ele conheceu o futebol de cegos. Ele é campeão das Paralimpíadas em Tóquio 2021, além de bi Campeão parapanamericano; e Campeão da Copa América.
O arqueiro Luciano Rezende é de Balsas e conseguiu a quarta vaga do Brasil no tiro com arco paralímpico em Paris-2024. A sexta atleta é a Pamela Pereira, de Balsas e disputará a terceira paralimpíada de sua carreira. Uma carreira marcante e que registrou um fato triste e que significou uma virada na vida da atleta.
Em 2014, quando tinha 26 anos, Pamela sofreu um acidente de moto com um carro que ultrapassou o farol e foi submetida à amputação da perna esquerda. Três meses depois, um homem a abordou no mercado e a convidou para conhecer o vôlei sentado. Foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira em 2016.