O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) realizou um pedido formal nesta quarta-feira (24) para a prisão preventiva de Leonidas Cunha Ribeiro. A solicitação surgiu após uma decisão da Justiça que havia concedido liberdade a Leonidas, implicado no assalto que culminou no assassinato do motorista de ônibus Francisco Vale Silva, em São Luís.
O caso ganhou uma nova reviravolta quando o MP-MA destacou que uma das vítimas do assalto reconheceu Leonidas como um dos participantes do crime, que ocorreu dentro do ônibus. Anteriormente, Leonidas tinha sido preso na terça-feira (23), sob acusação de auxiliar dois adolescentes, apontados como executores do crime, que posteriormente foram apreendidos.
Em seu depoimento, Leonidas alegou que estava trabalhando com os adolescentes carregando entulho quando um deles exibiu uma arma calibre .38, propondo um assalto. Segundo Leonidas, ele recusou o convite, dizendo que “isso não daria certo”, e foi para casa. Posteriormente, ao saber do assassinato por volta das 22h, ele afirmou ter ido a um matagal para socorrer os adolescentes.
A decisão da Juíza Criminal Plantonista, Maria da Conceição Privado Rêgo, de libertar Leonidas, baseou-se em um “vício formal”, conforme informado pela Defensoria Pública do Maranhão (DPE-MA). A juíza citou a ausência dos requisitos estipulados pelo Artigo 302 do Código de Processo Penal, que define os diferentes tipos de flagrante. Ela também observou que não há registros criminais ou processos de ato infracional anteriores contra Leonidas, mencionando que “este não esteve na cena do crime e não há no momento qualquer indício de sua participação ou mentoria”.
Enquanto isso, os dois adolescentes suspeitos permanecem detidos, e um deles confessou ter disparado contra o motorista. A Polícia Civil continua suas investigações para confirmar a autoria do crime e esclarecer completamente as circunstâncias que envolvem este trágico acontecimento.