O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou a contratação de um consórcio para a reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no último dia 22 de dezembro, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A dispensa de licitação foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (31), com o valor total do contrato estipulado em R$ 171.969.000,00.
A previsão é de que a obra seja concluída até o dia 22 de dezembro de 2025. O consórcio responsável pela reconstrução é formado pelas empresas Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitadas, e o projeto e execução da obra ocorrerão de forma emergencial, sem uma data definida para o início das atividades.
O desabamento da ponte, que foi completamente interditada após o incidente, resultou em uma tragédia com 11 mortes confirmadas até o momento, sendo que 9 corpos foram retirados do rio e 6 vítimas ainda estão desaparecidas. Um homem foi resgatado com vida após o acidente.
O momento exato da queda da estrutura foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos), que estava no local para filmar as condições precárias da ponte. De acordo com o Dnit, a causa do colapso será investigada, mas o órgão informou que o vão central da ponte cedeu, o que provocou o acidente.
Enquanto a reconstrução da ponte não começa, as operações de busca pelas vítimas continuam, embora de forma reduzida. A Marinha do Brasil anunciou que as buscas no rio ocorrerão apenas das 9h às 15h até o dia 3 de janeiro, devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito.
No último dia 30, a força-tarefa tentou retirar um carro de passeio do fundo do rio, mas a operação foi prejudicada por danos em um equipamento utilizado para flutuação. A localização de veículos e caminhões que caíram junto com a ponte continua sendo monitorada, com novas buscas programadas para as margens do rio.
A reconstrução da ponte é uma prioridade para o governo federal. O Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que a obra será finalizada em até um ano, com investimento entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. Além disso, foi decretada situação de emergência para acelerar os trâmites burocráticos, incluindo a demolição da estrutura existente e a execução de ações imediatas de reparo.
A queda da ponte, que representava uma importante via de ligação entre Tocantins e Maranhão, tem gerado impacto na mobilidade da região, e motoristas estão sendo orientados a utilizar rotas alternativas enquanto as obras de reconstrução não são iniciadas.