A Polícia Militar e Civil prendeu, neste fim de semana, um criminoso, de 36 anos, na cidade de Água Branca, Piauí, investigado por matar Francisco das Chagas Silva Araújo, de 31 anos, em Timon, após a vítima reclamar do barulho de “bombinhas de São João” soltas por crianças. O crime ocorreu em 4 de julho deste ano.
Segundo informações da Polícia Civil, Francisco das Chagas teria se irritado com o barulho causado pelas bombinhas que estavam sendo soltas por crianças, parentes do criminoso, na porta de sua casa. Após uma discussão com a criança, a situação escalou quando o atirador se irritou com a reclamação e decidiu confrontar a vítima. O homem, que já era conhecido por sua liderança em uma facção criminosa, sacou um revólver e disparou duas vezes contra Francisco, matando-o.
A delegada Nayana Muller, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon, relatou que o criminoso tem uma extensa ficha criminal e é temido no bairro Parque Aliança, onde o crime ocorreu. Além de ser considerado uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região, ele estava foragido desde março deste ano, após não retornar de uma saída temporária do sistema prisional.
De acordo com a delegada, no dia do crime, o criminoso foi até a casa de Francisco das Chagas acompanhado de sua esposa e de um irmão, que também participaram do assassinato. Após uma discussão inicial, ele e seu irmão retornaram armados, invadiram a casa da mãe da vítima, onde Francisco tentou se refugiar, e o mataram com dois tiros. A esposa dele teria instigado o ato, incentivando o marido a matar a vítima.
As investigações comprovaram a autoria do crime, levando à emissão de mandados de prisão preventiva para o criminoso, sua esposa e seu irmão. Ele foi capturado em Água Branca, enquanto os outros dois foram presos na cidade de Alto Longá, também no Piauí. Durante sua prisão, o criminoso tentou usar uma identidade falsa, mas sua verdadeira identidade foi rapidamente descoberta pelas autoridades, que então o associaram aos crimes em Timon.
Ele já respondia a diversas acusações, incluindo homicídio, porte de arma, roubo e associação criminosa, além de ter condenações anteriores totalizando décadas de prisão. Ele era um conhecido integrante do PCC e tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
O preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde está à disposição da justiça.