Cinco denunciados por envolvimento no acidente que causou a morte de nove estudantes e lesões corporais em oito alunos, serão levados ao Tribunal do Júri. O caso aconteceu em abril de 2014, no povoado Madragoa, no município de Bacuri (MA), mas a sentença foi proferida apenas esta semana.
Entre os envolvidos estão o ex-prefeito e uma ex-secretária, que faziam parte da gestão da época. Segundo o Ministério Público do Maranhão, o veículo, que era uma picape “pau de arara”, havia sido contratado ilegalmente, em 2013, pela administração municipal.
Foram pronunciados o ex-prefeito Baldoíno Nery; a ex-secretária municipal de Educação, Célia Nery; o então chefe da comissão de Licitação, Gersen James; o ex-pregoeiro municipal, Wagno Setúbal, e o sócio-diretor da empresa Conservis (contratada pela Prefeitura de Bacuri para prestar serviços de transporte escolar), Andrew Santos.
Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), as vítimas foram os estudantes Ana Raquel Borges, Clenilde Asevedo, Aldaléia Gomes, Nayara Costa, Carlos Vinicius Almeida, Jefferson Silva e as irmãs Emyly e Samyly Farias, que morreram no desastre. Além disso, oito alunos tiveram lesões corporais devido ao acidente.
O veículo, uma picape, havia sido contratado ilegalmente, em 2013, pela administração municipal por meio de procedimento licitatório, vencido pela empresa Conservis Construções e Serviços Ltda.
O “pau de arara” estava sendo conduzido pelo adolescente Alan Almeida (filho de Rogério Rocha), que não tinha carteira de habilitação. O pai dele estava pendurado na porta do motorista e os alunos, na carroceria. A picape colidiu com um caminhão de carga, que vinha no sentido oposto.
Ainda, o MPMA diz que o transporte possuía carroceria aberta com bancos de madeira improvisados. Muitos alunos estavam em pé na carroceria porque havia poucos bancos para todos. Não havia responsável para acompanhar os estudantes durante o trajeto.
Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado e lesão corporal. Ainda não há previsão para o julgamento. O Jornal Mais Maranhão está com espaço aberto caso os envolvidos queriam se pronunciar.