Estudantes da Universidade Estadual da Região Tocantina (UEMASUL), do campus de Estreito, estão se manifestando e reivindicando seus direitos, devido a um possível fechamento dos cursos de Letras, Agronomia e Ciências Naturais, que são ofertados na instituição. De acordo com a denúncia dos alunos, a decisão está sendo tomada por professores efetivos que estão insatisfeitos com a localização do campus e que a decisão foi acatada pela reitoria. Os alunos também informaram que o vestibular não está sendo realizado desde o ano passado, pois alegam falta de estrutura e de demanda no local.
Os estudantes relatam que há uma alta demanda de vagas e grande número de matrículas na instituição e contam que a comunidade de Estreito também está se mobilizando para reivindicar a continuidade dos cursos ofertados na região. Os alunos contam que em todos os vestibulares que abriram, houveram um grande número de interessados e a maioria das vagas foram preenchidas. Além disso, muitas pessoas continuam aguardando para fazer o tradicional vestibular para entrar na instituição.
Caso aconteça o fechamento dos cursos do campus, os estudantes informaram que irão precisar se deslocar para outras cidades, como Imperatriz. Uma aluna contou ao Mais Maranhão que além do encerramento dos vestibulares, que é a porta de entrada para a universidade, não foi aberto concurso para novos professores.
O campus de Estreito foi inaugurado em 2020, o que garantiu oportunidade de entrada aos alunos que não conseguiriam se manter em outras cidades do estado para cursar o ensino superior em faculdade pública. Os estudantes enfatizam que apesar de ainda não terem turmas graduadas, isso não seria uma justificativa para a remoção dos cursos do campus.
De acordo com as informações, a transferência dos cursos seriam feitas para a cidade de Imperatriz e a preocupação dos alunos da graduação é que a mudança traria dificuldades devido ao aumento dos gastos e deslocamento.
Os estudantes e comunidade da região pedem para que as autoridades responsáveis intervenham na decisão, para evitar o fechamento dos cursos, que irá prejudicar não somente os estudantes matriculados, como também aqueles que moram no município e que desejam ingressar em um ensino superior da rede pública. O Mais Maranhão encaminhou um pedido de nota ao Governo do Estado que respondeu:
“A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) informa que todos os alunos dos cursos de Ciências Naturais, Engenharia Agronômica e Letras continuarão com as atividades acadêmicas em Estreito, resguardando o direito de conclusão do curso na cidade.
A UEMASUL segue investindo no campus, que continuará funcionando normalmente. Em abril, por exemplo, será iniciada a primeira turma de Direito e o período letivo para todos os cursos atualmente oferecidos na unidade.
A Gestão Superior da universidade e a Direção do Campus Estreito estão à disposição dos alunos para sanar qualquer dúvida e manter diálogo permanente com a comunidade local”