Foi preso na Bolívia um dos suspeitos de participar do assalto milionário à empresa de transporte de valores Cefor, ocorrido em Bacabal, a 249 km de São Luís, no Maranhão. O crime aconteceu na noite de 18 de outubro de 2024, quando cerca de 15 criminosos armados invadiram a sede da transportadora, renderam os funcionários e roubaram aproximadamente R$ 22 milhões. A prisão do suspeito ocorreu na cidade boliviana de Guayaramerín, como resultado de uma operação internacional coordenada pelas forças policiais de Rondônia, com apoio da Polícia Federal do Brasil e da Polícia Boliviana.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), o homem preso deverá responder pelos crimes de roubo e associação criminosa armada. A ordem judicial que levou à sua captura foi expedida durante as investigações conduzidas pelo Departamento de Combate ao Roubo a Instituições Financeiras (DCRIF), da própria PC-MA. Com essa prisão, sobe para 13 o número de envolvidos capturados desde o início das diligências. Um outro suspeito morreu em confronto com a polícia, após reagir à abordagem no município de Santa Rita.
Entre os presos está o homem apontado como responsável por planejar o assalto. Ele foi capturado no dia 27 de janeiro deste ano, em Teresina, no Piauí. Já no dia 10 de fevereiro, também na capital piauiense, foi preso Luciano dos Santos Silva, suspeito de atuar diretamente na execução do roubo. De acordo com a Polícia Civil do Piauí (PC-PI), ele foi responsável por entregar os veículos utilizados no crime e coordenar a logística da fuga dos criminosos entre os estados do Maranhão e do Piauí.
No dia 8 de maio, uma policial civil aposentada também foi presa, suspeita de envolvimento no esquema. Segundo as investigações, ela é tia do líder da quadrilha, que já se encontra preso. Na mesma operação, outras três pessoas foram alvo de mandados por atuarem na logística do crime, auxiliando na preparação e fuga do grupo.
O caso segue sob investigação e a Polícia Civil do Maranhão continua em busca dos demais envolvidos no assalto. Informações repassadas de forma anônima indicam que os criminosos chegaram a ocupar uma casa alugada próxima à sede da empresa, para facilitar a ação. Após o crime, eles fugiram em duas caminhonetes em direção ao povoado Palmeiral, na zona rural de Bacabal.
Inicialmente, estimava-se que o valor roubado fosse de R$ 50 milhões, mas a PC-MA revisou o montante para cerca de R$ 22 milhões, após conclusão da apuração. A ação foi considerada uma das maiores já registradas no estado, tanto pela quantia levada quanto pela estrutura utilizada pela quadrilha.
A Polícia Civil reforça que as investigações continuam com o objetivo de prender todos os envolvidos e recuperar o dinheiro roubado. A colaboração entre forças estaduais, federais e internacionais tem sido fundamental para o avanço do caso.