O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que, até o momento, já foram retiradas 25 bombonas de agrotóxicos do Rio Tocantins, após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins. As bombonas, galões contendo produtos químicos, estavam sendo transportadas por caminhões que caíram no rio durante o incidente.
Das 25 bombonas retiradas, duas estavam vazias. O Ibama detalhou que, na terça-feira (7), 10 bombonas foram retiradas, somando 20 litros de defensivo agrícola. No total, o caminhão que transportava a carga levava 20 mil litros do produto. A operação de retirada está sendo realizada por mergulhadores contratados pela empresa Sumitomo, responsável pela carga, e está sendo monitorada pela equipe de Emergência Ambiental do Ibama.
A operação de remoção dos agrotóxicos continua nesta quarta-feira (8), com a retirada de mais bombonas. O tempo necessário para completar a operação depende das condições climáticas. Os mergulhadores iniciaram os trabalhos na manhã de terça-feira com um mergulho de reconhecimento da área e, na parte da tarde, já haviam retirado as 10 primeiras bombonas.
De acordo com o Ibama, os agrotóxicos contidos nas bombonas são compostos por três substâncias: Carnadine (com ingrediente ativo acetamiprido), PIQUE 240SL (ingrediente ativo picloram) e Tractor (ingredientes ativos picloram + 2,4-D trietanolamina), todos utilizados no controle de pragas, plantas infestantes e daninhas.
Além dos produtos químicos, o Ibama também relatou que tanques com ácido sulfúrico caíram no rio e apresentaram um pequeno vazamento. Embora não haja confirmação exata do volume derramado, o Ibama afirmou que a situação não gera grandes preocupações. O ácido sulfúrico tem alto poder corrosivo e é uma substância oxidante, mas não inflamável.
O desabamento da ponte, ocorrido no dia 22 de dezembro, resultou na queda de vários veículos e tanques no rio. Até o momento, 14 das 17 vítimas já foram localizadas e identificadas, mas três pessoas continuam desaparecidas. As buscas são realizadas com o apoio de mergulhadores, drones e embarcações, sendo dificultadas pela correnteza do rio e a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito.
A Marinha do Brasil informou que, caso não surjam novos indícios, as buscas podem ser encerradas, mas podem ser retomadas caso surjam informações concretas. Enquanto isso, a cidade de Estreito, onde a ponte desabou, segue em estado de emergência, devido aos danos causados pela queda da ponte e os riscos ambientais gerados pelos produtos químicos no rio.