Um incêndio devastador varreu mais de 1000 hectares de uma plantação de milho na zona rural de Balsas, uma cidade situada a 400 km de Imperatriz, na noite de ontem. O fogo, além de dizimar a plantação, também destruiu quatro tratores, adicionando mais prejuízos a este incidente catastrófico.
Segundo testemunhas oculares, o incêndio teve início em uma área de vegetação adjacente ao milharal e, alimentado pelos fortes ventos da região, espalhou-se rapidamente. Os proprietários das fazendas, juntamente com a ajuda de moradores locais, correram contra o tempo para controlar o fogo, temendo que ele se alastrasse para outras áreas de plantio próximas.
“O incêndio foi tão rápido e voraz que mal tivemos tempo para reagir”, disse um dos fazendeiros, ainda em estado de choque após o evento. “Nossas principais preocupações eram proteger as demais plantações e garantir que ninguém se machucasse”.
O incêndio foi controlado no final da noite, após horas de esforços exaustivos. A perda da safra de milho, essencial para a economia local, juntamente com a destruição dos equipamentos agrícolas, representou um duro golpe para a comunidade agrícola da região. As investigações sobre a causa do incêndio ainda estão em andamento.
Devido às condições climáticas do período de estiagem, o fogo se alastrou rapidamente pela lavoura e acabou consumindo também as máquinas agrícolas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Balsas, a guarnição não foi acionada para o ocorrido, visto que a fazenda possui uma equipe de brigadistas especializada em contenção de incêndios rurais.
O Maranhão enfrenta uma escalada de queimadas em vegetação, neste ano, ao registrar cerca de 2269 focos de incêndios, entre os meses de janeiro a junho. Os números representam um aumento de 58%, em comparação ao mesmo período, no ano anterior.
Apenas no mês de junho, foram contabilizados 1097 focos, sendo a maioria concentrada no bioma identificado como cerrado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado chegou, neste fim de semana, à segunda posição no ranking de unidades federativas com o maior número de queimadas, atrás apenas do Mato Grosso. Os municípios de Balsas e Mirador destacam-se, por sua vez, na lista dos dez municípios brasileiros com maior número de queimadas.
Na região Sul do estado, onde se concentra a maior parte da produção agrícola do Maranhão, os agricultores estão adotando medidas preventivas para evitar que o fogo atinja as lavouras de milho, cujo processo de colheita está sendo realizado em meio a condições climáticas mais secas. Além disso, teme-se que as queimadas atinjam a palhada [restos de plantação deixados no solo como adubo].
A queima da palhada resulta na perda de nutrientes do solo, podendo levar até cinco anos para sua recuperação. Conscientes dos riscos, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MA) tem enfatizado a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, bem como fortalecer a fiscalização dos órgãos ambientais e da polícia para combater os incêndios criminosos.
Créditos de informação ao jornal Diário de Balsas