O cacique da Reserva Indígena Cana Brava que havia sido preso durante uma operação da Polícia Federal, foi solto por meio de habeas corpus concedido pela Justiça. O cacique foi preso por ameaçar derrubar as torres de transmissão de energia que ficam na reserva, localizada entre Grajaú e Barra do Corda.
Mesmo com a soltura, ele ainda terá que cumprir medidas cautelares estabelecidas pelas autoridades, como ficar 150 metros distante das torres de transmissão e de outros equipamentos da Eletronorte. Além disso, o cacique é suspeito de ser o mandante do roubo de dois veículos de uma concessionária de serviço público, dentro de uma aldeia indígena. Sendo que ele já foi indiciado em outros dois inquéritos policiais pela prática dos mesmos crimes.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o líder indígena é suspeito de ser o principal responsável por incentivar os indígenas a praticarem os atentados.
O cacique seria o responsável por direcionar as ações de seus companheiros, o que prejudica as ações de etnodesenvolvimento que os povos originários têm direito, por conta da servidão administrativa que existe onde vivem.
Relembre o caso
O cacique da Reserva Indígena Cana Brava, situada entre os municípios de Grajaú e Barra do Corda, foi preso sob acusações de ameaçar derrubar torres de transmissão de energia localizadas dentro da reserva. Segundo as autoridades, o líder indígena vinha mobilizando outros membros da comunidade com o mesmo objetivo.
De acordo com a Polícia Federal, o cacique tem sido um empecilho nas negociações entre a comunidade indígena e a empresa responsável pela transmissão de energia. Quando seus interesses não eram atendidos, ele supostamente estimulava outros indígenas a derrubar as torres de transmissão, elevando o nível de tensão e criando um ambiente de instabilidade.
O cacique agora enfrenta processos legais que poderão determinar seu futuro e o da relação entre a reserva indígena e as instituições do Estado. O incidente também deverá reacender o debate sobre a necessidade de uma comunicação mais eficaz e transparente entre empresas, governo e comunidades indígenas, especialmente quando se tratam de recursos e infraestruturas que afetam diretamente essas populações.