Mais um caso de intolerância religiosa é registrado no Maranhão

Um grupo de cristãos evangélicos realizaram um culto em frente a casa afro Fanti-Ashanti, no Cruzeiro do Anil, em São Luís, uma das mais importantes e relevantes do Brasil.

Imagens de Notícias do Maranhão

Um grupo de cristãos evangélicos realizaram um culto em frente a casa afro Fanti-Ashanti, no Cruzeiro do Anil, em São Luís, uma das mais importantes e relevantes do Brasil. Os evangélicos que se reuniram em frente ao terreiro faziam orações contra as pessoas que estavam prestando culto dentro da casa. 

Esse é o segundo caso de intolerância religiosa apenas no mês de abril, em outro caso, um grupo de candomblé foi convidado a se retirar de dentro da feira da praia grande, em São Luís. A cantora maranhense Ritta Benedito foi destaque na Sapucaí na escola de Samba Grande Rio, abordando o tema intolerância religiosa, que é muito ocorrente no Maranhão. 

A casa Oxalá se manifestou através de uma nota de repúdio: 

“A casa Oxalá vem por meio desta nota repudiar o ato grave de intolerância religiosa que ocorreu na porta da Casa  Fanti-Ashanti, uma das mais importantes e respeitadas casas de Axé do nosso Estado e País. 

Não podemos tolerar esse tipo de desrespeito ao direito das pessoas de manterem as suas crenças religiosas, o amor em qualquer vertente de manifestações de fé reina muito mais que o ódio. 

Hoje graças a muita luta do nosso povo temos uma lei que garante que o Estado brasileiro é laico, o que coaduna com o que está expresso na declaração universal dos direitos humanos, assim como outra lei que prevê  punição para crimes de descriminação, ofensa e injúria praticados em virtudes de raça, cor etnias, procedências nacional ou religião com punição de um a três anos de reclusão e aplicação de multa para quem praticar ou incitar qualquer ato discriminatório por motivo de, entre outros fatores, prática religiosa.  

Celebre seus ancestrais, cultive suas raízes, louve a Exu em praça pública, não se esconda, combate à intolerância religiosa. “

A igreja evangélica não se pronunciou sobre o ocorrido. 

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