Um relatório recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Maranhão ocupa a quarta posição entre os estados brasileiros com a maior taxa de analfabetismo. O indicador, fixado em 12,1%, trouxe à tona novamente debates sobre a qualidade da educação básica e as desigualdades socioeconômicas que afetam diretamente o acesso à aprendizagem no país.
De acordo com o levantamento do IBGE, as quatro unidades da federação com as maiores taxas de analfabetismo são Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%), Paraíba (13,6%) e Maranhão (12,1%). Em contraste, as menores taxas foram registradas no Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%), São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).
Embora a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais tenha diminuído de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022 em todo o Brasil, o número ainda é preocupante. O levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indica que 9,6 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever. Desse total, 55,3% (5,3 milhões) residem no Nordeste e 54,2% (5,2 milhões) têm 60 anos ou mais.
Em resposta o governo do estado anunciou em 19 de junho deste ano a retomada de 609 obras paralisadas e inacabadas na área da educação no estado. A iniciativa faz parte do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, lançado pelo Governo Federal.
O dado alarmante sobre a taxa de analfabetismo no Maranhão ressalta a necessidade de investimentos contínuos e ações estratégicas para melhorar a qualidade da educação básica e reduzir as desigualdades socioeconômicas que impactam o setor.