O Maranhão está em 5° lugar no ranking dos estados com mais hectares queimados, segundo levantamento do MapBiomas. Somente em setembro, o estado registrou mais de 445 mil hectares devastados pelas queimadas, que se intensificaram em diversas regiões, especialmente no sul.
O levantamento mostra que o Maranhão ficou atrás apenas de Mato Grosso (3,1 milhões de hectares), Pará (2,9 milhões), Tocantins (1,3 milhões) e Amazonas (583 mil) em termos de área afetada. A situação reflete a disparada das queimadas no Brasil, que registrou quase metade dos focos de incêndio do ano somente no mês de setembro.
Além disso, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que o estado já contabilizou mais de 10 mil focos de queimadas em 2024, dos quais 2.543 ocorreram apenas em setembro. O sul do Maranhão é a região mais atingida, enfrentando uma crise sem precedentes.
Combate intensificado
Em resposta à emergência, o Corpo de Bombeiros do Maranhão intensificou suas operações, reforçando as equipes e destinando mais recursos ao combate aos incêndios. Entre as ações implementadas estão a criação de aceiros, áreas desmatadas para impedir a propagação do fogo, e o monitoramento constante das áreas afetadas.
As operações também incluem esforços de conscientização da população, incentivando a adoção de práticas seguras para evitar novos focos e a denúncia de atividades suspeitas que possam contribuir para a propagação do fogo.
Monitoramento e prevenção
As queimadas no Maranhão e em outras regiões do país são monitoradas pelo INPE e por outras agências ambientais, que fornecem dados em tempo real para auxiliar nas ações de combate. Os municípios com as maiores áreas queimadas no Brasil são São Félix do Xingu (PA), com 786 mil hectares, Altamira (PA), com 365 mil hectares, e Ourilândia do Norte (PA), com 318 mil hectares.
O Maranhão segue em alerta, com as autoridades locais e nacionais trabalhando em conjunto para tentar conter o avanço das queimadas e evitar ainda mais danos ao meio ambiente e às comunidades afetadas.