Elizabeth Galvão é natural de Montes Altos, no Maranhão, e está há um mês na cidade de Tel Aviv, em Israel, para conhecer a cultura do local. Ela conta que já entrou em contato com a Embaixada Brasileira mas ainda não conseguiu sair do país.
Os voos para fora do país foram cancelados e os aeroportos fechados, devido aos bombardeios. Em um vídeo, ela grava um momento de fuga durante o primeiro dia de ataques. É possível ver a aflição das pessoas ao procurarem por abrigo. Desde então, Elizabeth não tem certeza de quando poderá sair de Israel.
Nos últimos dias, a maranhense tentou pegar um voo para fora do país, mas ainda no aeroporto aconteceram novos ataques, o que impediu a decolagem. Elizabeth fala do processo de prioridade nos voos realizados pela Força Aérea Brasileira (FAB) que, além da lista de brasileiros para o embarque ser longa, são priorizados os idosos e as crianças.
Durante um depoimento ao Mais Maranhão, ela relata a sensação de impotência que tem por não conseguir fazer mais nada para sair desta situação, apenas esperar que tenha uma vaga nos próximos voos. E que, o ato de ir ao aeroporto já causa angústia, pois o local não possui muita segurança, já que não revistam todos que entram.
A situação dos brasileiros em Israel está sendo coordenada pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv. Segundo a embaixada, cerca de 1.700 brasileiros pediram ajuda ao Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), para voltar ao Brasil, por meio de voos da FAB.
Estão previstos ainda mais cinco voos diretos vindos de Israel para o Brasil até o próximo domingo (15). Segundo o Itamaraty, a prioridade é para quem mora no Brasil e ainda não tem passagens aéreas compradas. Para quem já comprou as passagens, a recomendação é que peguem voos comerciais.
A guerra em Israel já dura quase uma semana e, de acordo com o último balanço divulgado pela CNN, 2.200 pessoas já morreram em decorrência dos ataques do Hamas em Israel e dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza. Em Israel, são 1.000 mortos e 2.700 feridos. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 900 palestinos foram mortos e 4.500 estão feridos.