A Marinha do Brasil corrigiu, neste sábado (28), para nove o número de mortos confirmados no desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO). Inicialmente, haviam sido contabilizadas dez vítimas após o resgate de um corpo na noite de sexta-feira (27). No entanto, foi constatado que o corpo pertencia a uma das vítimas já localizadas anteriormente sob os escombros no fundo do rio Tocantins.
Com a atualização, o número de mortos confirmados volta a ser nove, enquanto oito pessoas seguem desaparecidas. As equipes de resgate continuam atuando com mergulhadores e barcos, trabalhando em regime de plantão para agilizar as buscas. A operação conta com a participação da Marinha, Corpo de Bombeiros do Maranhão e do Tocantins.
A ponte, localizada na BR-226, desabou no último domingo (22) após o vão central ceder. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a causa do colapso ainda está sendo investigada. Enquanto isso, rotas alternativas estão sendo utilizadas para garantir a circulação entre os estados.
Além das vítimas fatais, foram identificados tanques de caminhões transportando ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, que caíram no rio durante o desabamento. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), os tanques permanecem intactos, minimizando os riscos de contaminação ambiental.
Os trabalhos de resgate têm enfrentado desafios devido à profundidade do rio Tocantins e à dificuldade de acesso aos escombros submersos. Mergulhadores especializados têm se revezado para inspecionar a área e localizar possíveis vítimas. O uso de sonares tem auxiliado na identificação dos pontos críticos para operação.
A tragédia também trouxe preocupação quanto à infraestrutura de pontes na região. Moradores e autoridades locais têm alertado há anos sobre a falta de manutenção adequada e sinais visíveis de desgaste estrutural na ponte Juscelino Kubitschek.
Além das buscas, autoridades ambientais monitoram constantemente a qualidade da água para evitar possíveis danos ecológicos. Técnicos reforçam que, mesmo com os tanques intactos, qualquer vazamento durante a remoção dos caminhões exige atenção redobrada.
As autoridades continuam pedindo que a população evite a área do desabamento, tanto por questões de segurança quanto para não atrapalhar os trabalhos de resgate. A investigação sobre as causas do desabamento segue em andamento.