A insuficiência de servidores e a deterioração da infraestrutura da Delegacia de Polícia Civil de Carolina levaram o Ministério Público do Maranhão (MPMA) a propor uma Ação Civil Pública contra o Estado. O promotor Marco Túlio Rodrigues Lopes, representante da Promotoria de Justiça de Carolina, formalizou a ação no dia 7 de agosto, buscando melhorias imediatas.
Confrontada com desafios geográficos, pois faz divisa com o Tocantins, e a atuação intensificada de facções, Carolina, com seus 25 mil habitantes, dispõe de um efetivo policial considerado insuficiente. Em 2021, a cidade viu sua delegacia realizar 1.988 procedimentos. Em contraste, cidades vizinhas, com populações maiores, tiveram menos atividades policiais, como é o caso de Estreito, com 1.677 procedimentos, e Amarante do Maranhão, com 753.
A ação evidencia a alarmante ausência de policiais em plantões regionais durante os fins de semana. Esta lacuna tem sido uma janela para maior atividade criminosa, comprometendo a segurança local. “A postura passiva do Estado diante das necessidades de segurança em Carolina é notória, intensificando os desafios enfrentados pela população local”, aponta o promotor Marco Túlio.
O MPMA busca, por meio da Justiça, uma resposta efetiva do Estado. A instituição exige um plano, a ser apresentado em até 30 dias, visando a contratação de mais dois escrivães e dois investigadores para a delegacia nos próximos semestres. Em caso de não atendimento, o MPMA solicita a contratação imediata destes profissionais e uma reforma estrutural do prédio da delegacia.