A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem (6), a Operação Pedra de Escaravelho, em Codó, a 290 km de São Luís, com o objetivo de combater o crime de lavagem de dinheiro. A ação resultou na execução de dois mandados de busca e apreensão e na prisão de uma pessoa em flagrante, acusada de receptação qualificada.
Além dos mandados de busca e apreensão, uma pessoa foi presa em flagrante pelo crime de receptação qualificada, acusada de ter comprado uma arma de fogo sabendo que era produto de crime. As investigações continuam para identificar e confirmar o patrimônio, bens e valores que possam ser provenientes de atividades criminosas.
O nome da operação, Pedra de Escaravelho, faz referência a um tipo de pedra plana utilizada na lavagem manual de roupas. Segundo a PF, a escolha do nome visa a ilustrar o foco da operação: o combate à lavagem de dinheiro. A ação é uma decorrência direta da Operação Quilópodes, realizada em 2015, que investigou fraudes previdenciárias na cidade de Caxias, a 360 km de São Luís.
Em 24 de novembro de 2015, a Operação Quilópodes contou com a participação da Polícia Federal, Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS), Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos da Força-Tarefa Previdenciária. Na época, o prejuízo estimado era de R$ 11 milhões.
A operação resultou na execução de dez mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva. Também foram sequestrados e arrestados bens e valores nas cidades de Caxias, Codó, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas, Paço do Lumiar, São Luís e Teresina (PI). Entre as medidas adotadas, estava a suspensão de 288 benefícios assistenciais com graves indícios de fraude.
As investigações iniciadas em 2012 identificaram um esquema criminoso em atividade desde 2010. A quadrilha envolvia um servidor do INSS e funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que facilitavam a concessão e atualização de benefícios, abertura de contas-correntes, realização de prova de vida, renovação de senhas bancárias e efetivação de empréstimos consignados.
Com a continuação das investigações e a nova operação em Codó, a Polícia Federal reforça seu compromisso de combater a lavagem de dinheiro e outros crimes associados, protegendo assim o erário público e a integridade do sistema financeiro nacional.