Um incidente preocupante veio à tona nessa terça-feira (20), quando uma investigadora da Polícia Civil do Maranhão denunciou ter sido agredida com ripadas nas nádegas durante um curso de capacitação da PM realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará.
A vítima alegou que ela e outras 21 mulheres foram atacadas com pedaços de madeira por um militar. O incidente ocorreu em maio, mas só se tornou público este mês. Em consequência da agressão, a policial desistiu do curso.
Em uma postagem nas redes sociais, a vítima compartilhou imagens dos hematomas em suas nádegas, atribuindo a agressão ao desaparecimento de uma fatia de pizza. Outra policial maranhense também foi agredida durante o mesmo curso.
O suspeito da agressão é um cabo da Polícia Militar do Tocantins, instrutor do curso de defesa pessoal, que ministrava o treinamento para mulheres militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí.
Diante da denúncia, a Polícia Civil do Maranhão declarou que está cobrando providências. O delegado-geral, Jair Paiva, afirmou que busca a devida punição dos envolvidos. “O caso foi registrado na Casa da Mulher Brasileira de Fortaleza e depois encaminhado para São Luís. Queremos a apuração do caso e a punição, no âmbito criminal, de todos os envolvidos”, afirmou Paiva.
O governador Carlos Brandão expressou seu apoio à vítima em suas redes sociais, agradecendo a colaboração da Polícia Civil cearense.
Por sua vez, a Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que iniciou uma investigação para apurar a denúncia. A pasta afirma que a vítima foi acolhida e encaminhada para exame de corpo de delito. Além disso, a Controladoria Geral de Disciplina do Ceará abriu um procedimento disciplinar para investigar o caso no âmbito administrativo.
O incidente desperta preocupações sobre a segurança e o respeito dentro dos ambientes de treinamento militar, e enfatiza a necessidade de procedimentos rigorosos de responsabilização para garantir que tais atos não fiquem impunes.