A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão no Estado do Maranhão e no Pará. No município de Codó, distante 298 km de São Luís, a Operação Êxodo, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que praticava crimes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), prendeu um servidor do Instituto.
A Delegacia de Polícia Federal de Caxias, distante 368 km de São Luís, realizou a operação no Maranhão, juntamente com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência.
A investigação começou em 2020, quando houve a identificação de um esquema criminoso realizado por dois servidores do INSS, um advogado especializado em causas previdenciárias e um intermediário. Os homens faziam documentos de identificação falsos e inseriram os dados desses documentos nos sistemas do órgão previdenciário, para obter a concessão, principalmente, de benefícios como aposentadoria por idade e pensão por morte, principalmente com benefícios rurais.
A Polícia Federal já contabilizou um prejuízo de aproximadamente R$ 2,4 milhões com a concessão desses benefícios fraudados. Na investigação, a PF identificou que pessoas, mesmo morando no Estado do Pará, recebem o benefício do Maranhão.
Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de:
- estelionato previdenciário (art. 171, § 3º)
- inserção de dados falsos em sistema público (art. 313-A)
- organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013)