Uma mulher de 40 anos foi presa nesta quarta-feira (28) em Estreito (MA) sob a suspeita de ajudar a movimentar o dinheiro de um grupo criminoso envolvido em sequestros e extorsões. O dinheiro, segundo a polícia, era utilizado para comprar criptomoedas e depois transferido para os mentores da quadrilha. A prisão foi realizada em cumprimento a um mandado expedido pelo Poder Judiciário do Tocantins, e o nome da suspeita não foi divulgado.
A prisão da suspeita faz parte da Operação Crypto Fall, uma ação conjunta das Polícias Civis do Tocantins e do Maranhão. Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em duas cidades do Maranhão, resultando na prisão do casal suspeito de chefiar a quadrilha nesta terça-feira (27). Um dos alvos da operação é um homem de 36 anos, apontado como o mentor intelectual do grupo criminoso. A esposa dele, uma advogada, também foi detida por sua participação nas atividades criminosas.
De acordo com o delegado Antonio Onofre Oliveira da Silva Filho, da Polícia Civil do Tocantins, a mulher presa confessou ter sido recrutada para abrir contas bancárias em nome de terceiros com documentos falsos. Uma dessas contas foi aberta em nome de uma vítima de extorsão em Paraíso do Tocantins. O grupo utilizava essas contas para receber dinheiro das extorsões, que posteriormente era convertido em criptomoedas. Os criptoativos eram transferidos e resgatados pela esposa do mentor do grupo.
A investigação revelou que o mentor selecionava e levantava informações sobre as possíveis vítimas para realizar as extorsões. O grupo sequestrava as famílias, forçava as vítimas a fazerem transferências bancárias e, em seguida, utilizava o dinheiro para comprar criptoativos, ocultando a origem e a destinação dos valores.
Além das prisões, foram apreendidos um fuzil calibre .762, munições de calibres .762 e .50, uma pistola calibre 9mm, explosivos, uma grande quantidade de dinheiro, uma caminhonete e equipamentos eletrônicos. Todo o material será periciado.
A mulher presa nesta quarta-feira e o casal chefiador da quadrilha foram levados para a delegacia de Imperatriz e serão encaminhados para unidades do Sistema Penal do Maranhão.
A ação contou com a participação de policiais civis da 1ª e 6ª Divisões Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (DEICs Palmas e Paraíso), da Superintendência Estadual de Investigações Criminais do Maranhão (Seic-MA) e do Grupo de Operações Táticas Especiais da PCTO (GOTE).