A nova ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, foi oficialmente inaugurada nesta segunda-feira (22), exatamente um ano após o desabamento da antiga estrutura. A entrega marca o restabelecimento definitivo da ligação entre os dois estados, interrompida desde a tragédia registrada em 22 de dezembro de 2024, que deixou 18 vítimas, entre mortos, desaparecidos e um sobrevivente.
A solenidade de inauguração ocorreu nas duas cabeceiras da ponte e contou com a presença de autoridades estaduais e federais, entre elas o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o ministro do Esporte, André Fufuca. A obra integra a rodovia BR-226 e foi executada pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A nova estrutura possui 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros. O projeto prevê duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos de três metros, passeios para pedestres, barreiras de proteção do tipo New Jersey e guarda-corpo em ambas as extremidades do tabuleiro. O investimento total na obra foi de R$ 171,97 milhões, com recursos federais. Antes da liberação do tráfego, a ponte passou por testes de carga para avaliar a segurança da estrutura.
O desabamento da antiga ponte ocorreu por volta das 14h50 do dia 22 de dezembro de 2024, quando o vão central colapsou e lançou veículos no Rio Tocantins. Na ocasião, três motocicletas, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões caíram no rio. Dois dos caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros dois carregavam 22 mil litros de defensivos agrícolas. Apenas um homem sobreviveu ao acidente.
Após o colapso, moradores do Tocantins e do Maranhão relataram que já haviam alertado as autoridades sobre as condições da estrutura. A queda aconteceu no momento em que o vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior (Republicanos), gravava um vídeo denunciando os problemas da ponte. Durante o período de interdição, a travessia entre os estados passou a ser feita por balsas e desvios, gerando transtornos à população e ao transporte de cargas.
Com a inauguração da nova ponte, a expectativa é de retomada plena do tráfego, maior segurança para motoristas e pedestres e normalização do transporte da produção agrícola e industrial, considerada essencial para a economia da região.












