Na noite desta segunda-feira (6), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma apreensão histórica na BR-226, em Presidente Dutra, Maranhão. Uma picape Fiat/Strada foi flagrada transportando 166 quilos de maconha do tipo skunk, a maior quantidade já apreendida pelo órgão no estado.
Durante a operação de rotina no km 205, os agentes da PRF perceberam o veículo cinza sem a placa dianteira, o que já configurava uma infração de trânsito. A equipe decidiu abordar a picape e foi recebida por um intenso cheiro de entorpecentes emanando de seu compartimento de carga.
Os ocupantes do veículo apresentaram versões inconsistentes sobre o propósito da viagem e o trajeto percorrido, o que aumentou as suspeitas dos policiais. Uma inspeção detalhada revelou 77 tabletes de skunk escondidos dentro de um climatizador de ar, somando 82 quilos e 200 gramas. Posteriormente, na delegacia, uma busca ainda mais aprofundada no veículo resultou na descoberta de mais 73 tabletes ocultos na carroceria, totalizando 166 quilos da substância.
O condutor admitiu ter sido recrutado para o transporte do ilícito por um homem em Teresina, Piauí, e receberia pagamento pelo serviço. Os envolvidos foram presos em flagrante e autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, conforme os artigos 33 e 35 da Lei 11.343/2006.
Os Perigos do Skunk
Este incidente acende um alerta para os perigos do skunk, uma variação mais potente de maconha, que triplica o risco de psicose, de acordo com estudos do King’s College de Londres. Diferentemente do haxixe, que possui uma concentração menor de THC e não aumenta o risco de psicose, o skunk contém níveis elevados de THC, elevando substancialmente o risco de delírios ou alucinações.
Estas descobertas ressaltam a gravidade do tráfico dessa droga em particular, visto que o uso contínuo e intensivo pode levar a sérias consequências psiquiátricas, afetando a saúde pública e a segurança.