Em uma sentença marcante, o 2° Tribunal do Júri de São Luís condenou os policiais militares Francisco de Assis de Morais Carneiro, Carlos Magno Ribeiro de Abreu e Luciano Mota Lago a 13 anos de prisão, cada um. Eles foram considerados culpados por matarem e esconderem o corpo de João Filho Brito dos Santos no município de João Lisboa, distante 12 km de Imperatriz.
O veredicto, que chegou após um processo longo e conturbado, foi anunciado ontem, elevando a tensão na sala de tribunal já carregada. O trio de policiais foi acusado de cometer o crime durante o carnaval de 2015, um episódio que abalou a comunidade de João Lisboa e gerou forte pressão sobre a Polícia Militar do Maranhão.
Além dos três policiais militares, o soldado Fábio Carvalho também foi condenado em uma sentença separada, recebendo uma pena de 12 anos de prisão por seu papel no homicídio de Santos. O envolvimento de Carvalho no crime aprofundou ainda mais a crise de confiança na força policial.
Originalmente, o caso estava sob a jurisdição de Imperatriz, porém, devido à complexidade do caso e a necessidade de um julgamento justo e imparcial, o processo foi transferido para São Luís a pedido do Ministério Público do Maranhão.
A condenação dos quatro servidores públicos é vista como um sinal significativo de que a justiça está disposta a responsabilizar membros da força policial quando agem fora da lei, reafirmando o princípio de que ninguém está acima da lei. No entanto, ainda são esperados recursos da defesa, o que pode prolongar a resolução final deste caso.