Foram iniciadas as obras de construção do acesso ao ponto que será utilizado para a travessia de balsas entre os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Os serviços começaram mais de 20 dias após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Apesar disso, ainda não há previsão de quando os serviços irão começar a funcionar. A empresa que ficará responsável pela travessia de veículos e passageiros no Rio Tocantins foi contratada, pelo valor de R$ 6,4 milhões.O documento foi assinado na quinta-feira (9) pelo superintendente do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira e publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (10).
A empresa contratada foi a PIPES Empreendimentos LTDA, que já opera em algumas regiões do Tocantins. Segundo o DNIT, as balsas chegaram no local e as equipes estão em fase de mobilização. Ainda de acordo com o DNIT, as equipes estão trabalhando nos acessos das balsas e outras exigências da Marinha para poder iniciar os serviços de travessia.
A tragédia da ponte já resultou em 14 mortes confirmadas. Uma pessoa foi resgatada com vida e outras três seguem desaparecidas. Confira abaixo:
VÍTIMAS LOCALIZADAS E RESGATADAS
• Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado no domingo (22);
• Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. O corpo dela foi localizado na terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;
• Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. O corpo dele foi localizado na terça-feira (24). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
• Andreia Maria de Souza, de 45 anos. O corpo foi encontrado na terça-feira (24). Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
• Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (25);
• Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. O corpo dela foi localizado na quarta-feira (25);
• Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por mergulhadores na manhã da quinta-feira (26). Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);
• Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo dela foi localizado também na quinta (26);
• Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. O vereador do PSD teve o corpo localizado na manhã de domingo (29). Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia;
• Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31) e estava dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia;
• Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31). A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues;
• Beroaldo dos Santos, de 56 anos. O corpo foi localizado em uma cabine de um caminhão. A vítima foi retirada da água no fim da manhã de quarta-feira (1º);
• Marçon Glei Ferreira, de 42 anos. O corpo dele foi encontrado no rio Tocantins, na manhã de sexta-feira (3);
• Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos. O corpo dela foi encontrado no Rio Tocantins na manhã de sábado (4);
IMPACTOS NEGATIVOS
Enquanto as famílias das vítimas sofrem a angústia de não encontrar seus entes queridos, a cidade de Estreito, no Maranhão, que era ligada a Aguiarnópolis (TO) pela ponte JK, está com a economia enfraquecida por causa da tragédia.
De acordo com empresários, mercados, lojas e restaurantes já estão sentindo os impactos negativos na economia.
Valmir, comerciante cearense, que chegou ao Maranhão há mais de dezesseis anos, logo depois da inauguração da ponte e destaca a importância da obra.
“A ponte trouxe recurso para Estreito, cresceu, o povo tudo ficou rico”, destaca Valmir.