Será levado a julgamento no dia 1º de novembro no Fórum de Montes Altos, Moisés Macedo de Morais, acusado de matar a facadas o próprio primo, o cabeleireiro Antônio Flávio Maciel, de 34 anos, no município de Sítio Novo, a cerca de 110 km de Imperatriz. Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu no dia 31 de maio de 2021.
O corpo da vítima só foi encontrado no dia 10 de junho do mesmo ano, na BR-226, em Grajaú. Restos mortais, além de vários objetos como roupas, botas, um capacete e boné foram encontrados às margens da rodovia. Principalmente pelas características dos elementos espalhados próximos aos ossos, a polícia e familiares confirmaram que se tratava do cabeleireiro.
A família de Antônio chegou a fazer buscas pelo cabeleireiro, que estava desaparecido há 10 dias após ter saído de casa para comprar uma motocicleta na cidade de Grajaú. Ele havia ligado para a mãe fizendo que faria o trajeto. A família procurou a polícia assim que percebeu a demora de Flávio em fazer contato novamente ou retornar para casa. A medida que os dias passaram, os familiares perderam a esperança de encontrá-lo vivo. “A gente quer ter pelo menos o direito e saber o que aconteceu”, disse a irmã Silmara Maciel, na época.
Com as investigações, imagens de câmeras de segurança foram colhidas na cidade de Sítio Novo. Na última vez que foi visto, Flávio aparece pilotando uma motocicleta com um homem na garupa, que se tratava de Moisés. O veículo foi encontrado dias depois, abandonado na cidade de Grajaú.
Moisés foi preso inicialmente em Pacajá, no Pará, poucos dias após o corpo de Antônio ter sido encontrado, e confessou o crime, alegando que a motivação foi uma dívida que tinha com a vítima. No entanto, ele foi solto 90 dias após o crime e permaneceu foragido por dois anos e três meses, até ser capturado novamente na cidade de Rurópolis, também no Pará.
O réu continua preso e deverá responder por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo torpe que dificultou a defesa da vítima.