O Tribunal do Júri do Fórum de Pindaré-Mirim, cidade a 259 km de São Luís, condenou o comerciante José de Ribamar Monteiro a 14 anos e três meses de prisão por matar a tiros um cliente identificado como José Pereira Cruz. O réu foi julgado na última terça-feira (30), no Salão do Júri do Fórum de Pindaré-Mirim, 25 anos depois do crime. O julgamento foi presidido pelo juiz titular da Vara Única, Humberto Alves Júnior.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MPMA), o homicídio ocorreu em maio de 1999, após José de Ribamar se recusar a vender um pacote de fumo para a vítima.
Na ocasião, José Pereira fez um movimento com a mão em direção ao rosto de José de Ribamar, mas acabou atingindo apenas o boné que o comerciante usava. Em seguida, José de Ribamar disparou três vezes contra José Pereira, que morreu no local da discussão.
Após o crime, José de Ribamar fugiu. Ele ficou foragido por mais de duas décadas até ser capturado, em julho de 2023, na cidade de Imperatriz.
OUTRO JULGAMENTO
Na quarta-feira (31), o Tribunal do Júri do Fórum de Pindaré-Mirim também julgou a ré Jeciane Furtado Leite, que estava sendo processada pela prática dos crimes de lesão corporal leve contra Alzunira Santos Pereira, e por tentativa de homicídio contra a vítima Brenda Maria do Nascimento Alves.
Após a votação dos jurados, o Conselho de Sentença decidiu pela desclassificação do crime de homicídio qualificado tentado para lesão corporal leve, de modo que a competência para julgar passou a ser do juiz presidente do júri, que condenou a ré pelo crime de lesão corporal leve cometido por duas vezes.
Segundo informações do Ministério Público, em 26 de fevereiro de 2021, a ré estava com uma garrafa de vidro nas mãos e foi em direção de Brenda Nascimento Alves, ocasião em que quebrou a garrafa no chão e com o gargalo tentou matar a vítima, dando diversos golpes em seu rosto, braços e costas, conforme o Exame de Corpo de Delito dos autos.
Ainda no Bar do Nascimento, a vítima Brenda Maria gritou por socorro e Alzunira Santos tentou interferir para acabar com as agressões, momento em que também sofreu lesões corporais provocadas pela ré, que lhe agrediu com uma faca na região do rosto.