O Conselho Tutelar informou, nesta sexta-feira (23), que vai abrir uma investigação sobre o caso da criança de 10 anos agredida pelo empresário Guilherme Maia Rocha, em um condomínio de Imperatriz. O órgão afirmou que vai requisitar que a justiça seja feita partindo do ponto que existem provas das agressões.
A denúncia ao Conselho Tutelar foi feita diretamente por Diana Marinho, mãe do menino. “Eu vim aqui no Conselho Tutelar, órgão responsável pela proteção de crianças e adolescentes. Vim pedir apoio para que faça valer a justiça. Eu tive a minha família abalada por essa monstruosidade, que não está sendo fácil para a gente. Estou lutando por justiça. E fica o exemplo para você, mãe, para você família. Procure seus direitos. Procure o Conselho Tutelar. Procure a Justiça”, disse ela.
O órgão disse que repudia qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes e afirmou que nada justifica qualquer agressão. O empresário alegou que as agressões ocorreram porque o menino havia tocado a campainha do apartamento onde ele mora e fazia bullying com a filha dele.
Guilherme ocupava o cargo de diretor regional da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), mas foi exonerado nessa quinta-feira (22), após a Polícia Civil iniciar investigação contra o empresário pelas agressões.
O CASO
Uma câmera de segurança registrou as agressões contra a criança, na noite de quarta-feira (21). Nas imagens, o empresário vai até o parquinho onde o menino estava brincando, levanta a criança pelos cabelos, puxa a orelha dele e dá um tapa no rosto da vítima. Além do registro, a vítima passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) que comprovaram as marcas da agressão.
Um morador que estava em uma quadra próxima viu a situação e impediu o homem de continuar com as agressões. A cena também foi testemunhada por outras crianças que estavam brincando no local.
O OUTRO LADO
O Imperatriz Online também conversou com Guilherme Maia, ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, e aparece no vídeo agredindo a criança. Ele admitiu o erro, mas disse que chegou ao extremo depois de semanas de reclamações e denúncias da administração do condomínio sobre o menino tocar a campainha da casa, ligar pelo interfone falando palavrões e ameaçar a filha dele de sete anos de idade.
O empresário disse que também procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência contra a mãe do menino. De acordo com ele, a mulher, junto com outras pessoas da família, teriam o procurado, xingado e feito ameaças na manhã de hoje (