Após a denúncia da morte de duas gestantes e seus bebês por negligência médica no Hospital Regional de Balsas, em menos de um mês, a Secretaria de Estado da Saúde respondeu, por meio de nota, que a diretoria do hospital será afastada imediatamente. Ainda de acordo com a nota emitida, os casos serão investigados por uma comissão técnica especializada.
Na manhã de hoje (06), familiares e amigos das gestantes realizaram uma manifestação pacífica em frente ao hospital.
O primeiro caso denunciado a mulher morreu no dia 14 de janeiro deste ano, durante o parto. O filho, também não resistiu, ele passou oito dias na UTI neonatal. A família alega que a mulher procurou o hospital por dois dias seguidos com dores. Após a terceira tentativa, a equipe medica decidiu induzi o parto.
No caso mais recente, uma gestante, de 26 anos, morreu dia 01 de fevereiro, após nove dias internada tentando o parto normal, que não foi possível, o bebê também não resistiu.
Segundo denúncias das famílias, as duas gestantes morreram após serem forçadas a realizar partos normais, apesar de terem indicação para cesariana, o que causou as mortes das mães e dos bebês.
O governador do estado, Carlos Brandão, usou as redes sociais na manhã de hoje (06) para ressaltar as medidas adotadas.
Na nota, o Governo também informou que foram 700 dias sem mortes maternas na unidade. No estado do Maranhão, segundo fontes do departamento de Saúde, em 2024, a razão de mortalidade materna- RMM no Maranhão era de 76,26.
No Sul do Maranhão, em 2020, houve 9 óbitos maternos, entre em 2021, até o momento da coleta de dados em 2024, houve 22 óbitos. A maior parte dos óbitos ocorreu no puerpério (78%).