A Justiça do Maranhão condenou Nilton César Pinheiro Soares a 36 anos e três meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, no último dia 24 de outubro. Ele foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença pelos assassinatos de Edilson Sousa Amaral, Brendo Martins Cunha e Luzenilde Almeida Barros, além de tentativa de homicídio contra Edney de Jesus Martins Araújo, Nildiane Mikelle Silva Câmara e Ana Leide Rodrigues.
Segundo a denúncia, na noite de 12 de junho de 2022, durante uma festa no povoado São Pedro, zona rural de São Bento, Nilton César entrou armado no local e efetuou disparos contra as vítimas Edilson Sousa, Brendo Martins e Wemerson Costa Freitas. Brendo foi atingido e caiu, enquanto Edilson conseguiu fugir, sendo perseguido pelo acusado, que continuou disparando, atingindo outras pessoas presentes.
Testemunhas relataram que, mesmo após perceber que Edilson ainda estava vivo, Nilton César retornou ao local e disparou à queima-roupa contra ele. Além das mortes confirmadas, outros participantes da festa ficaram feridos: Nildiane Mikelle Silva Câmara, Ana Leide Rodrigues, Luzenilde Almeida Barros — que faleceu uma semana depois devido à gravidade dos ferimentos — e Edney de Jesus Martins Araújo, que ficou paraplégico.
O Ministério Público destacou que as vítimas Nildiane, Ana Leide e Wemerson sobreviveram, embora atingidas em membros do corpo, evidenciando que o acusado não se preocupou com as pessoas próximas. Após os crimes, Nilton César fugiu em uma motocicleta. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça e cumprida dois anos depois, em maio de 2024, na cidade de Porto Belo, em Santa Catarina.
Na sentença, a juíza Karen Borges indeferiu o direito de apelar em liberdade. “A prática delituosa foi realizada com violência e em meio a uma festa, atingindo outras pessoas presentes, devendo ser preservada a ordem pública e a aplicação da lei penal, considerando também que o acusado tentou evadir-se do local do crime”, concluiu a magistrada.









