A estrutura restante da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou entre o Maranhão e o Tocantins, será implodida neste domingo (02) com o auxílio de 250 kg de explosivos. A ação tem o objetivo de derrubar as 7.500 toneladas de concreto, aço e asfalto da ponte.
A implosão está marcada para as 14h de hoje e terá duração de menos de 15 segundos. Moradores de 200 casas nas duas cidades afetadas, Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), deverão deixar suas casas pelo menos uma hora antes da detonação das dinamites.
Os pilares da ponte dos dois lados do rio foram cercados com telas alaranjadas para evitar que escombros acabem sendo arremessados na água em direção às casas na hora da implosão.
Os moradores acompanham a movimentação com muita atenção porque parte das casas já têm rachaduras. Eles temem ainda mais danos.
O engenheiro responsável pela implosão da ponte, Manoel Jorge Diniz Dias, garantiu que o procedimento é seguro. Ele trabalhou em outras implosões emblemáticas como a demolição da antiga Fonte Nova, em Salvador, e a do Edifício Palace Dois, no Rio de Janeiro, condenado depois que um desabamento parcial matou oito pessoas no carnaval de 1998.
Manoel Jorge diz que as estruturas perto não devem ser abaladas, mas que não vai ser possível evitar que uma pequena parte dos escombros caia dentro do rio. “A gente vai fazer esse empenho no sentido de que, no leito do canal, caia a menor quantidade de material possível. No caso específico do Maranhão, o balanço avança até 20 metros, é praticamente impossível atingir esse objetivo, mas o nosso planejamento, a sequência de entonação, toda a temporização, vai nesse sentido de tentar mitigar esse efeito”, explica.
O vão central da ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024. Ao todo, 18 pessoas caíram da estrutura. Uma foi resgatada com vida, 14 morreram e três seguem desaparecidas.