Os Moradores do povoado Tabocas, situado no município de Barreirinhas, a 260 km da capital maranhense, São Luís, se mobilizaram na noite de ontem (19) para combater mais um incêndio na vegetação local. A ação comunitária denuncia uma situação alarmante: segundo relatos da população, esses incêndios têm sido frequentes e, pior ainda, são de origem criminosa.
O desespero dos moradores não se dá apenas pelo risco iminente que o fogo representa para as suas casas e famílias, mas também devido ao impacto ecológico e econômico na região. Neste período do ano, ocorre a florada de algumas das principais árvores frutíferas da região, incluindo espécies como pequi, bacuri e mangaba. Estes frutos, além de representarem uma fonte de sustento para muitas famílias, são patrimônios naturais e culturais do local.
Diante dessa ameaça constante, a população faz um apelo urgente às autoridades locais para que tomem as devidas providências, investiguem as causas desses incêndios e reforcem a segurança e proteção ao meio ambiente no povoado.
O Maranhão, neste ano de 2023, enfrenta uma escalada de queimadas em vegetação, neste ano, ao registrar cerca de 2269 focos de incêndios, entre os meses de janeiro a julho. Os números representam um aumento de 58%, em comparação ao mesmo período, no ano anterior.
Apenas no mês de julho, foram contabilizados mais de 1097 focos, sendo a maioria concentrada no bioma identificado como cerrado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado chegou à segunda posição no ranking de unidades federativas com o maior número de queimadas, atrás apenas do Mato Grosso. Os municípios de Balsas e Mirador destacam-se, por sua vez, na lista dos dez municípios brasileiros com maior número de queimadas.