O maranhense que foi preso acusado do assassinato de uma mãe e três filhas no município de Sorriso (MT), agora enfrenta acusações de latrocínio do jornalista Osni Mendes, na cidade de Mineiros, no estado de Goiás. O crime ocorreu na madrugada de 22 de dezembro de 2013.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, Osni Mendes ofereceu carona ao acusado após se conhecerem em um bar. Durante o trajeto, o jornalista tentou beijar o homem, que reagiu com violência. Em seguida, a vítima foi agredida, enforcada com uma camiseta e teve o carro roubado.
O inquérito policial apontou que, depois do crime, o home fugiu no carro do jornalista e se escondeu na chácara de um amigo. Com o passar dos dias, o acusado usou o carro da vítima para buscar cervejas. Ele foi encontrado pela polícia cinco dias depois do crime em um bar de Mineiros.
Ao ser abordado pelos policiais e questionado sobre a origem do carro, o homem não reagiu e imediatamente confessou o crime. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia. Como o jornalista foi morto com extrema violência e o acusado fugiu da cena do crime, o delegado da época pediu à Justiça que a prisão dele fosse convertida em preventiva. “Demonstra postura resistente e desafiadora por parte dos representados, tenta furtar-se à aplicação da lei penal, o que popularmente se conhece como fugir ao flagrante e apresenta-se depois das 24 horas”, descreveu o delegado Júlio César Arana Vargas.
O pedido foi aceito pela Justiça e, com isso, o acusado passou a ficar preso de forma preventiva no presídio da cidade.
RELAXAMENTO DE PRISÃO
A investigação aponta que o homem ficou preso pela morte de Osni por mais de 160 dias. Mas, em junho de 2014, conseguiu na Justiça um relaxamento de prisão, por conta do excesso de prazo na conclusão do inquérito policial. O caso foi encaminhado para juízo em 6 de janeiro de 2014, mas o Ministério Público decidiu encerrar prematuramente a investigação policial, tendo solicitado a realização de algumas ações investigativas que deveriam ser concluídas em um prazo de 30 dias.
Os documentos relacionados ao caso foram enviados de volta à delegacia em 27 de janeiro de 2014. O inquérito só foi devolvido ao tribunal em 21 de maio de 2014, cerca de 4 meses desde a sua remessa inicial. Durante todo esse período a prisão preventiva do acusado continuou em vigor.
ASSASSINATO DE MÃE E FILHAS
Os corpos da mãe e três filhas foram encontrados dentro da casa onde elas moravam, na segunda-feira (27). Os vizinhos acionaram a polícia após sentir falta das vítimas durante o final de semana. Segundo a polícia, as vítimas foram encontradas degoladas e com sinais de abuso, três delas estavam nuas e a filha mais nova estava com sinais de asfixia. O marido da vítima e pai das filhas é caminhoneiro e estava viajando a trabalho no momento do crime.
As vítimas foram identificadas como Cleci Calvi Cardoso (Mãe), de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso (Filha mais velha), de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso (Filha do meio), de 13 anos e Melissa Calvi Cardoso (Filha mais nova), de 10 anos.
O criminoso foi localizado pela polícia em uma obra onde trabalhava, ao lado da casa das vítimas. O delegado que está acompanhando o caso informou que o homem levou algumas roupas íntimas das vítimas após o crime. Ele confessou o crime durante depoimento na delegacia.
De acordo com a polícia, o suspeito entrou e saiu da casa por uma por uma janela do banheiro. O Corpo de Bombeiro informou que a mãe e a filha mais velha foram encontradas mortas no corredor da residência, enquanto as outras duas filhas, de 13 e 10 anos, em um dos quartos.