A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, nesta sexta-feira (27), em Imperatriz, durante a segunda fase da operação Cessar Fogo, para o combate aos crimes de falsidade ideológica e compra ilegal de munições e armamento. Os mandados foram expedidos após a primeira fase da operação, quando foram verificados elementos que apontam a participação de outras pessoas no esquema.
A operação apura o uso de documentos e declarações fraudulentas em procedimentos de comercialização de material bélico. Os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, poderão responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, comércio ilegal de munição e armamento e associação criminosa.
Na primeira fase da operação, a PF apreendeu cerca de 18 mil munições em um estabelecimento que tinha autorização para atuar na venda de armas e munições no bairro Mercadinho. Apesar disso, as munições apreendidas eram ilegais e tinham origem desconhecida.
A grande apreensão ocorreu durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão nos locais alvos das investigações. Uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A Polícia Federal não descarta a hipótese de que o esquema poderia estar abastecendo o mundo do crime em Imperatriz.
A operaçào contou com a participação de 16 policiais federais do estado do Maranhão. A investigação teve início no âmbito do inquérito policial instaurado pela Polícia Federal, que constatou que os investigados estavam apresentando documentos e declarações falsas nos procedimentos para a comercialização de armas e munições. Ainda de acordo com as investigações, a suspeita é que o esquema ilegal estava sendo praticado pela empresa desde 2022. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Imperatriz.
PENA
De acordo com a Polícia Federal, os investigados poderão responder por falsidade ideológica (Artigo 299, do Código Penal), uso de documento falso (Artigo 304, do Código Penal), e comércio ilegal de armamento e munição ( Artigo 17, do estatuto do desarmamento), com penas que somadas podem chegar a 17 anos de prisão.
A operação foi denominada ‘Cessar Fogo’ devido à temática relacionada ao estatuto do armamento e à venda indiscriminada de armas, que fomenta a criminalidade no país. O objetivo da operação é combater essa atividade ilegal.