Durante entrevista, o promotor de Justiça Fernando Berniz afirmou que as investigações da Operação Tântalo II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), apontam que a primeira-dama de Turilândia, Eva Curió, mesmo sem vínculo formal com a prefeitura, tinha acesso a cartões corporativos utilizados para saques e movimentações de recursos públicos.
Segundo o Ministério Público, parte do dinheiro desviado teria sido usada para o pagamento da escola do filho do prefeito, para custear o curso de medicina da primeira-dama e para quitar despesas pessoais do casal. As investigações também indicam que recursos públicos foram utilizados na compra de um veículo, que teria sido entregue como presente ao irmão do prefeito.
Ainda de acordo com o promotor, Eva Curió é apontada como a principal responsável pela lavagem do dinheiro, atuando no controle da distribuição dos valores e utilizando, inclusive, cartões corporativos da Câmara Municipal para realizar movimentações financeiras.
A Operação Tântalo II foi deflagrada na manhã da última segunda-feira (22) pelo Gaeco, do Ministério Público do Maranhão, com o cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão. Em um dos alvos, localizado em São Luís, foram apreendidos quase R$ 2 milhões.
A ação é um desdobramento da primeira fase da operação, realizada em fevereiro, que investiga um esquema de corrupção no município de Turilândia, com prejuízo estimado em R$ 56,3 milhões aos cofres públicos. A Justiça autorizou o bloqueio desse valor.
Após audiência de custódia realizada na última quarta-feira (24), em São Luís, a Justiça manteve as prisões preventivas do prefeito de Turilândia, Paulo Curió (União Brasil), da primeira-dama Eva Curió, da ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, de seu marido Marlon Serrão e do contador da prefeitura Wandson Barros.
A decisão foi tomada pelo Plantão Judiciário Criminal da Comarca da Ilha de São Luís, que considerou regulares os mandados expedidos pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e não identificou ilegalidades que justificassem a soltura dos investigados.
Com isso, o prefeito e os demais acusados foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital maranhense, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário.











