Acontece hoje (21), às 19h, no auditório da Universidade Federal do Maranhão, campus Centro, uma roda de conversa sobre intolerância religiosa, em alusão ao Dia Nacional de Combate a esse crime, que é nesta terça-feira. Representantes de várias denominações religiosas foram convidados a participar da conversa, entre eles padres, pastores, mães de santo, entre outros. A participação é gratuita, e as inscrições podem ser feitas através do link disponível no perfil do Instagram do grupo MensMemini.
O evento é promovido pelo Grupo de Pesquisa MensMemini e pretende incentivar mais diálogo inter-religioso por respeito e justiça. A roda de conversa também busca sensibilizar a população em geral sobre a importância de combater a intolerância religiosa, promovendo um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as crenças e cultos.
A escolha do dia 21 de janeiro está relacionada à memória de Mãe Gilda, uma sacerdotisa do Candomblé, que sofreu ataques de intolerância religiosa em 1999, culminando em seu falecimento. Mãe Gilda foi alvo de preconceito e perseguição, o que evidenciou a urgência de combater a intolerância religiosa no Brasil.
O vice-presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-MA, Jardel da Rocha, disse em entrevista que todas as religiões são passíveis de ataques e intolerância, mas que as religiões de matriz africana continuam sendo os principais alvos de ataques. Ele ressaltou a importância de que as vítimas denunciem os abusos.
Em casos de intolerância religiosa as denuncias podem ser feitas pelo disque 100, na comissão nacional dos direitos humanos e também em qualquer delegacia de polícia.