Dezenas de motociclistas realizaram um protesto na noite desta quarta-feira (09) contra uma nova determinação da Marinha do Brasil que limita a quantidade de pessoas transportadas por vez nas balsas que saem de Estreito (MA) com destino a Aguiarnópolis (TO). O transporte do lado maranhense é gratuito para a população.
Segundo a decisão da Marinha, a balsa maior poderá levar até 50 pessoas por viagem, enquanto a menor terá o limite de 20 passageiros.
A medida gerou revolta entre os moradores de Estreito, especialmente porque a restrição vale apenas para as embarcações que partem do lado maranhense. A comunidade relata que as balsas têm feito a travessia praticamente vazias, com filas de carros se acumulando às margens do rio Tocantins.
“É um absurdo. Balsa vazia atravessando com meia dúzia de motos, enquanto os carros ficam esperando. Isso só acontece aqui, porque a travessia é gratuita”, criticou um morador.
Quem sai de Aguiarnópolis, precisa pagar, mas a nova medida não vale para os passageiros que saem do lado tocantinense.
A prefeitura de Estreito chegou emitir uma nota de repúdio sobre a decisão e disse que a medida foi tomada sem qualquer aviso e diálogo. Afirmou ainda, que está cobrando explicações e buscando soluções junto aos órgãos federais. Confira a nota:
“A Prefeitura de Estreito manifesta seu total repúdio à maneira como vem sendo conduzida a operação das balsas entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), especialmente após a recente limitação imposta ao transporte de veículos e passageiros, uma decisão tomada sem aviso, sem diálogo e sem qualquer sensibilidade com a população que depende diariamente desse serviço.”
O Jornal Mais Maranhão solicitou um posicionamento da Marinha e aguarda resposta.
Desde a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, a travessia pelo rio Tocantins passou a ser feita exclusivamente por balsas. A tragédia ocorreu em 22 de dezembro de 2024 e resutou em 14 pessoas portas. Uma pessoa sobreviveu e três ainda estão desaparecidas.