Trabalhadores terceirizados da rede municipal de educação de Imperatriz participaram, nesta terça-feira (19), de mais uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir o atraso salarial da categoria.
Desde a última segunda-feira (18), os mais de 1.140 trabalhadores terceirizados da educação estão paralisados, sem previsão de retorno. Os trabalhadores relatam que não receberam os salários e benefícios referentes ao mês de outubro.
Estiveram presentes na audiência cuidadores, zeladores, porteiros, merendeiras, além de mães de alunos e da secretária de Educação de Imperatriz, Cleomar Conceição. A empresa contratante dos servidores, responsável pelo pagamento, não enviou representante.
A cuidadora e representante dos servidores Késia Alves, ressaltou que os estudantes da rede pública são os principais prejudicados. No entanto, a paralisação é a principal forma de chamar a atenção do poder público para a situação.
“Alguns estudantes que dependem do auxílio de cuidadoras não estão indo para a escola, enquanto outros estão tendo que levar lanche de casa, devido à falta de merendeiras para preparar os alimentos nas escolas”, afirmou Késia.”
Andreia Ribeiro, mãe de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que estuda em uma creche da rede municipal, relatou que não pode permitir que o filho frequente a escola sem o auxílio de um profissional especializado, e que por isso está impedindo a criança de ir para a escola.
“Meu filho é de nível de suporte dois de autismo. Com o auxílio da cuidadora, ele conseguiu desenvolver muito. Agora, com apenas uma professora para atender tanto os alunos atípicos quanto os típicos, fica bastante difícil”, explicou Andreia.
A secretária de Educação de Imperatriz, Cleomar Conceição, informou durante a audiência que ainda hoje (19) haverá uma reunião com o Ministério Público do Trabalho para discutir a possibilidade de realizar os pagamentos diretamente aos trabalhadores, sem depender da empresa contratante.
Esta não é a primeira vez que os servidores paralisam as atividades por falta de pagamento. Em agosto, os trabalhadores também interromperam seus serviços em protesto por causa de atrasos.